Mais uma incursão pelos territórios de Viseu levou-nos, desta vez até Santar (Nelas) para caminharmos pelo “Percurso de Santar”.

Assim, eu o Francisco e o Figueiredo iniciámos o percurso junto ao Paço dos Cunhas, uma quinta senhorial, de grande importância em tempos idos, e relacionada com os vinhos muito conhecidos e apreciados da Casa de Santar.

Decidimos seguir na direcção do Rio Dão, descendo por uma velha e quase desaparecida via romana onde, apenas a espaços, se viu algum do lajeamento que a formava. O mato também já começou a tomar conta desta parte do trilho, talvez pelo mesmo não ser muito percorrido. Por esse motivo não conseguimos descortinar uma lagareta medieval que, apesar da placa indicativa, não se descortinou nem trilho nem a dita.

Na via romana passámos por uma alminha centenária que realmente aparenta alguma antiguidade.

A chegada ao rio Dão é um bocado decepcionante atendendo a que pouco se vê do rio devido à vegetação. O percurso também pouco acompanha o rio começando uma longa subida até à povoação de Santar. Nesta fase o trilho percorre uma propriedade privada que nos obriga a passar duas cercas electrificadas. Pelo que aparentou deve ser a presença de gado que implica o uso das cercas para evitar que os animais se tresmalhem.

Atravessámos Santar e voltámos ao campo para ver pouco mais do que uma pequena ribeira e uma velha ponte romana, em que apenas se descortinou o lajeamento do seu tabuleiro.

Na povoação é impressionante a quantidade de solares, casas brasonadas e casas nobres, muitas delas em bom estado de conservação (Paço dos Cunhas, Casa das Fidalgas, Casa de Santar…), bem como, fontes brasonadas, igrejas e todo o ar nobilizado da vila. O percurso valeu praticamente pelo património existente em Santar.

Para compensar regámos a refeição com um vinho branco bem fresquinho da região e, foi tão bom, que alguém só acordou em Aveiro.

Alberto Calé

 

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