Num dia frio, onde a geada cobria de brancos os campos, desloquei-me ontem até Queiriga (Viseu) para na companhia do Francisco, Cardoso e Figueiredo, realizar a “Rota do Rebentão”.

Iniciámos o percurso junto à Igreja Matriz de Queiriga, tendo atravessado a povoação na direcção da Ribeira do Rebentão.

Depois, e em grande parte do percurso, fomos caminhando pelas margens da ribeira onde pudemos desfrutar de imagens de grande beleza. A água corria em abundância, saltando pelas pedras do rio, e caía ruidosamente em alguns açudes. Pelo percurso alguns velhos moinhos também embelezavam a paisagem.

Afastámo-nos da ribeira, subindo por uma linha de água, para podermos depois chegarmos às Minas do Rebentão. Estas antigas minas de Volfrâmio e Estanho, actualmente abandonadas, aparentemente chegaram a estar preparadas para receber visitas mas, por algum motivo, foram abandonadas. Hoje é possível ver que existem muitas galerias, grande parte delas submersas. Em dias em que a luz do Sol penetra nas galerias cria, ao reflectir na água, cenários de grande beleza.

A entrada e o percorrer das galerias implica sempre o máximo dos cuidados para evitar quedas potencialmente perigosas.

Depois deste grande momento na atividade atravessámos a povoação de Lousadela para regressar às margens da Ribeira do Rebentão. Novamente os belos cenários da ribeira e do seu enquadramento, contando também com diversos moinhos e açudes.

Já no regresso abandonámos a Ribeira do Rebentão para seguir as margens duma nova ribeira, de menor dimensão e caudal, mas também coma sua beleza. A passagem no Moinho do Paúl marca o final da presença da água e o regresso a Queiriga, onde terminámos a caminhada.

Mais um belo percurso onde a água é a rainha e as minas a cereja em cima do bolo. Valeu bem a pena.

Alberto Calé

 

Galeria Fotográfica: