Palácio do Buçaco
O Palácio do Buçaco está situado na Mata Nacional do Buçaco, na freguesia de Luso, concelho da Mealhada, região do Centro, sub-região de Coimbra. Este antigo Palácio Real é considerado o último legado dos Reis de Portugal.
As obras para a construção deste magnífico palacete, inicialmente destinado aos períodos de descanso fora da cidade da família real (D. Carlos e D. Amélia), iniciaram-se no mês de Novembro de 1888 e deram-se por concluídas nos finais de 1906.
Após a extinção das Ordens Religiosas, D. Maria Pia pretendeu criar neste espaço um palácio real, que rivalizasse com a Pena, mas os planos acabaram por não se concretizar. O então Ministro das Obras Públicas, Emídio Navarro, muito ligado ao Buçaco, propôs a construção de um palácio do Povo, ou seja, um hotel. Para tal, encarregou o cenógrafo Luigi Manini, que terminou as primeiras aguarelas em 1886. O plano foi aprovado em 1888 e as obras tiveram início ainda nesse ano.
A antiga igreja, em torno da qual se encontravam as primitivas celas, foi conservada no seio do novo edifício, bem como algumas das estruturas conventuais. Manini inspirou-se na Torre de Belém e no Claustro do Mosteiro de Santa Maria de Belém para criar no Buçaco uma obra que não pode ser considerada apenas como um neo, mas sim como uma recriação ecléctica que denota aspectos historicistas.
Salientam-se alguns nomes de ilustres figuras ligadas a esta magnífica obra de arte, como os arquitectos Nicola Bigaglia, José Alexandre Soares e Manuel Joaquim Norte Júnior.
A partir de 1903 foram contratados diversos artistas para decorar os interiores do Hotel, entre os quais se encontram os pintores António Ramalho, Carlos Reis, João Vaz, o pintor de azulejo Jorge Colaço (que executou, entre outros, os painéis do vestíbulo, alusivos à Batalha do Buçaco), e o escultor Costa Motta Sobrinho, responsável pelos grupos escultóricos da Via Sacra.
Trata-se de um monumento em estilo neomanuelino, com algumas reminiscências da renascença Cristã, e está decorado com painéis de azulejos, frescos e quadros alusivos à Epopeia dos Descobrimentos portugueses, todos eles assinados por alguns dos grandes mestres das artes.
A estrutura exibe perfis da Torre de Belém lavrados em pedra de ançã, motivos do claustro do Mosteiro dos Jerónimos, alguns arabescos e florescências do Convento de Cristo, alegando um gótico florido com episódios românticos em contraste com uma austera severidade monacal.
No seu interior destacam-se notáveis obras de arte de grandes mestres portugueses da época, desde a colecção de painéis de azulejos do mestre Jorge Colaço, evocando "Os Lusíadas", os Autos de Gil Vicente e a Guerra Peninsular, graciosas esculturas de António Gonçalves e de Costa Mota, telas de João Vaz ilustrando versos da epopeia marítima de Luís Vaz de Camões, frescos de António Ramalho e pinturas de Carlos Reis. O mobiliário inclui peças portuguesas, indo-portuguesas e chinesas, realçadas por faustosas tapeçarias. Destaque ainda para o tecto mourisco, o notável soalho executado com madeiras exóticas e a galeria real.
Desde 12 de Novembro de 1907 que o Palace Hotel do Buçaco está reconhecido como um dos mais belos e históricos hotéis mundiais. Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1996.
Anexas ao edifício principal destacam-se quatro outras construções: a Casa do Brasões, a Casa Românica ou dos Arcos, a Casa das Pedrinhas ou dos Embrechados e a Casa dos Cedros.
Convento de Santa Cruz do Buçaco
Situado em plena Mata do Buçaco, no concelho da Mealhada, distrito de Aveiro, o Convento de Santa Cruz do Buçaco foi construído entre 1628 e 1639 pela Ordem dos Carmelitas Descalços que o ocupou de 1630 até 1834, data da extinção das ordens religiosas masculinas.
A Mata do Buçaco, na posse do Bispado de Coimbra desde 1094, foi doada em 1628 pelo então bispo de Coimbra, D. João Manuel, à Ordem dos Carmelitas Descalços para ali ser construído o seu "Deserto" em território português.
Iniciadas as obras em Agosto desse ano, a construção do convento e da sua cerca terminaria em 1639. A vida monástica regular iniciou-se mais cedo, em 1630.
O Convento de Santa Cruz, de traçado simples de acordo com a vocação eremítica do Deserto, apresenta uma planta única em Portugal.
A igreja domina um espaço sem claustro, com os pátios a imprimir a regularidade ao conjunto, inscrevendo-se dentro de um espaço claustral simulado, recuperando a organização da ideia mítica do Templo de Jerusalém. O revestimento arquitectónico da cortiça ou embrechado como técnica decorativa alargada ao circuito conventual traduz o espírito de despojamento adequado às práticas ascéticas dos religiosos.
Ainda permanecem obras de escultura, pintura e azulejaria dos séculos XVII e XVIII que denunciam uma comunidade religiosa dinâmica e atenta ao sentido artístico específico dos tempos.
Este convento desfruta de duas celas que se encontram abertas ao público para visita e onde se recorda a presença do Tenente-General Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington, que comandava as forças anglo-lusas contra o General francês André Masséna, durante a Terceira Invasão Francesa, cuja batalha ocorreu na Serra do Buçaco a 27 de Setembro de 1810.
Em 1834 a extinção das ordens religiosas decretou o fim da presença dos Carmelitas Descalços no Buçaco, embora o último religioso, António de Tomás de Aquino, aqui tenha permanecido até à sua morte em 1860. O convento passou então para a posse do Estado.
Em 1888 o antigo Convento foi parcialmente demolido, tendo dado lugar à construção do Palácio Real, actualmente o Palace Hotel do Buçaco e a novas construções que ainda hoje o rodeiam.
Jardim do Palácio
A principal e mais significativa área ajardinada da Mata do Buçaco é a que envolve o Convento e o Palace Hotel, designada por 'Jardim Novo'. Foi construída entre 1886-87.
A sua flora, de ímpar riqueza, designadamente de árvores, reflecte, de certa forma, a actividade ali desenvolvida noutros tempos. Neste amplo espaço é possível desfrutar de um lago, bem como de vários jardins temáticos.
Centro Interpretativo da Mata do Buçaco
As futuras instalações do Centro Interpretativo da Mata do Buçaco servem, actualmente, como garagem do Palace Hotel.
As instalações estão localizadas junto ao Jardim do Palácio.
Capela de Santa Maria Madalena
Devocional e dedicada a Santa Maria Madalena, foi erguida no caminho entre o convento e as Portas de Coimbra, o antigo caminho principal da Mata.
Nesta capela existiu, em tempos, uma fonte.
Capela de São Pedro
Devocional e dedicada a São Pedro, foi erguida no caminho entre o convento e as Portas de Coimbra, o antigo caminho principal da Mata.
Fonte da Samaritana
Ermida de São José
Passo de Pretório
É uma das capelas alusivas às cenas da Prisão de Cristo. Aqui se considera o Pretório de Pilatos onde este sentenciou à morte Jesus de Nazaré.
Na placa descritiva da passagem pela capela do Pretório lê-se:
"AQUI SE CONSIDERA O PRETÓRIO DE PILATOS ONDE SENTENCIOU A MORTE A JESUS DE NAZARÉ. PADRE NOSSO AVÉ MARIA".
Passo da Cruz às Costas
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Aqui se considera o passo onde puseram a cruz às costas de Cristo.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"AQUI SE CONSIDERA O PASSO AONDE PUSERAM A CRUZ ÀS COSTAS A CRISTO SENHOR NOSSO. UM PADRE NOSSO E UMA AVÉ MARIA POR QUEM MANDOU FAZER ESTA ERMIDA".
Varanda de Pilatos
Passo da Primeira Queda
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Aqui se considera o passo onde Cristo caiu pela primeira vez com a cruz às costas.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"AQUI SE CONSIDERA O PASSO ONDE CRISTO SENHOR NOSSO CAIU PRIMEIRA VEZ COM A CRUZ ÀS COSTAS. PADRE NOSSO AVÉ MARIA".
Passo do Encontro de Jesus com a Virgem
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Aqui se considera o passo onde Cristo com a cruz as costas encontrou Maria.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"AQUI SE CONSIDERA O PASSO AONDE CRISTO SENHOR NOSSO COM A CRUZ ÀS COSTAS ENCONTROU MARIA SANTA SENHORA NOSSA. PADRE NOSSO AVÉ MARIA".
Passo do Cireneu
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Aqui se considera o passo onde mandaram ao Cireneu que ajudasse a levar a cruz a Cristo.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"AQUI SE CONSIDERA O PASSO AONDE MANDARAM AO CIRENEU AJUDA-SE A LEVAR À CRUZ A CRISTO SENHOR NOSSO. PADRE NOSSO AVÉ MARIA".
Passo da Verónica
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Aqui se considera o passo onde Verónica, saindo de sua casa com uma toalha, limpou o suor do divino rosto de Cristo e nela ficou retratado o Seu rosto.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"AQUI SE CONSIDERA O PASSO ONDE A VERÓNICA SAINDO DE SUA CASA COM UMA TOALHA ALIMPOU O SUOR DO DIVINO ROSTO A CRISTO SENHOR NOSSO E NELA FICOU RETRATADO O ROSTO DO SENHOR. PADRE NOSSO AVÉ MARIA".
Gruta de São Pedro
Esta pequena gruta situa-se numa elevação por trás da capela do Passo da Segunda Queda, sendo necessária alguma perícia para a conseguir encontrar.
Segundo reza a lenda, durante a invasão francesa, terá sido por um antigo túnel que os frades fugiram para o Convento da Vacariça. Os poucos monges que ficaram para trás para cuidar dos feridos terão tapado o túnel dando origem à gruta de São Pedro.
Passo da Segunda Queda
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Aqui se considera onde Cristo caiu pela segunda vez com a cruz às costas.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"AQUI SE CONSIDERA O PASSO AONDE CRISTO SENHOR NOSSO CAIU SEGUNDA VEZ COM A CRUZ ÀS COSTAS. UM PADRE NOSSO E UMA AVÉ MARIA POR QUEM MANDOU FAZER ESTA ERMIDA".
Junto ao Passo da Segunda Queda está a Porta Judiciária, composta por um arco que passa sobre o caminho da Via Sacra. No fecho deste arco existe a inscrição "Porta Judiciária".
Passo do Encontro com as Filhas de Jerusalém
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Aqui se considera o passo onde Cristo com a Cruz às costas se encontrou com filhas de Jerusalém.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"AQUI SE CONSIDERA O PASSO AONDE CRISTO SENHOR NOSSO COM A CRUZ ÀS COSTAS SE VIROU ÀS FILHAS DE JERUSALÉM".
Passo da Terceira Queda
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Aqui se considera o passo onde Cristo com a cruz às costas caiu pela terceira vez.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"AQUI SE CONSIDERA O PASSO AONDE CRISTO SENHOR NOSSO COM A CRUZ ÀS COSTAS CAIU TERCEIRA VEZ. PADRE NOSSO AVÉ MARIA".
Passo Despojaram Jesus Cristo das Suas Vestes
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Passo em que despojaram Cristo das suas vestes.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"NESTE LUGAR SE CONSIDERA COMO DESPOJARAM A NOSSO SENHOR JESUS CRISTO DAS SUAS VESTIDURAS. PADRE NOSSO AVÉ MARIA".
As capelas com a representação dos Passos da Paixão possuem grupos escultóricos alusivos ao passo, sendo este passo um dos quatro policromáticos.
Passo Pregaram Jesus Cristo na Cruz
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Neste lugar se considera onde pregaram a Jesus Cristo na cruz, rasgando-lhe cruelmente mãos e pés.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"NESTE LUGAR SE CONSIDERA COMO PREGARAM A NOSSO SENHOR JESUS CRISTO NA CRUZ RASGANDO-LHE CRUELMENTE MÃOS E PÉS. PADRE NOSSO E AVÉ MARIA".
As capelas com a representação dos Passos da Paixão possuem grupos escultóricos alusivos ao passo, sendo este passo um dos quatro policromáticos.
Passo Desceram Jesus Cristo da Cruz
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Neste lugar se considera como descido o Senhor dos braços da cruz e o puseram nos de sua Santíssima e magoada Mãe.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"NESTE LUGAR SE CONSIDERA COMO DESCIDO O SENHOR DOS BRAÇOS DA CRUZ O PUZERAM NOS DE SUA SANTISSIMA E MAGOADA MÃE. PADRE NOSSO AVÉ MARIA".
As capelas com a representação dos Passos da Paixão possuem grupos escultóricos alusivos ao passo, sendo este passo um dos quatro policromáticos.
Ermida do Calvário
Esta Ermida, de corpo paralelepípedo, faz parte de um conjunto de onze ermidas de habitação ou de penitência e foi fundada pelo Bispo-Conde D. João de Melo em 1694. A sua forma sextavada está encostada uma capela. Este ponto da Via Sacra retrata o momento em que içaram a cruz com Nosso Senhor Jesus Cristo pregado. Construída sobre rochedos talhados a pique, deste ponto desfruta-se de uma excelente vista panorâmica. É constituída por um estreito terraço, no qual se encontra uma pequena cisterna que retinha as águas pluviais. Sobre a porta da ermida foi colocada uma lápide trapezoidal de lados arredondados, emoldurada por embrechados com a inscrição:
"PADRE NOSSO AVÉ MARIA POR QUEM MANDOU FAZER ESTA ERMIDA ANO DE 1694".
A encimar a lápide encontra-se o brasão fantasiado de Cristo: escudo redondo com bordadura legendada: "JESU CHRISTE REDEMPTOR MISERERE NOBLE QVI PASSVS ES PRO NOBIS"; ao centro uma cruz em tau carregada com 3 cravos (pregos), nos braços e na haste, firmada por meio de duas estacas num monte pedregoso tendo aos pés uma caveira e duas tíbias passadas em aspa; à destra: turquês, cálice, sol, vara com esponja, lanterna, palma, tronco de madeira onde pousa um galo; à sinistra: martelo, cálice, lua, lança, a bolsa dos 30 dinheiros, dados de jogar sobre um prato, chicote e escada.
Colocada à esquerda da porta da capela anexa à Ermida do Calvário encontra-se uma incrição comemorativa da dedicação e consagração das Capelas da Paixão pelo bispo D. João de Melo, gravada numa lápide emoldurada por embrechados, onde se lê:
"ILLUSTRISSIMUS DOMINUS, COMESQUE PRAECLARISSIMUS DOMNUS JOANNES DE MELLO CONIMBRICENSIS ECCLESIAE ET PIETATE PATER, ET VIGILANTIA, PASTOR EGREGUS, CUI ET, SI SUMMI PASTORUS PRINCIPATUS DESIT, PASTORIS MAXIMI PROMERITUM ADEST, AETERNO PASTORI, AC SERVATORI NOSTRO DOMINO DEO JESU CHRISTO PER GREGE SUO PASSO ET CRUCIFIXO PROPRIIS MANIBUS ALLACTO ET COLLOCATO HAEC SACELLA IN MIRIFICAE PASSIONIS MONIMENTUM ANACHORESIS ISTIS MUNIMENTUM ET SUI AMORIS PIGNUS, SACRO IN PONTIFICALIBUS PERACTO, GENUFLEXUS HUMIQUE PROV[O]LUTUS DICAVIT, VOVIT ET CONSECRAVIT SOLIS DEI, V NONAS O[CTOB]RIS IN ANNO MDCLXXXXIV".
(Tradução: "O ilustríssimo senhor e preclaríssimo conde D. João de Melo, na piedade pai, e na vigilância pastor egregio da igreja conimbricense, a quem, embora falte a dignidade de sumo pastor, assiste por certo o mérito de pastor máximo ao eterno pastor e salvador nosso, o senhor Deus Jesus Cristo, que pela sua grei padeceu e foi crucificado, e cuja imagem por suas próprias mãos aqui foi trazida e colocada, estas capelas em memória da milagrosa Paixão, abrigo para estes anacoretas e penhor de seu amor; depois de dita missa pontifical, de joelhos e prostado no chão, dedicou, votou e consagrou, em um domingo, cinco das nonas de Outubro (=3 de Outubro) do ano de 1694".
Passo do Santo Sepulcro
É um dos passos que representa a Paixão de Cristo. Neste lugar se considera o Sepulcro onde depositaram o Santíssimo corpo de Cristo.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"NESTE LUGAR SE CONSIDERA O SEPULCRO EM QUE DEPOSITARAM O SANTÍSSIMO CORPO DE JESUS CRISTO. PADRE NOSSO AVÉ MARIA".
As capelas com a representação dos Passos da Paixão possuem grupos escultóricos alusivos ao passo, sendo este passo um dos quatro policromáticos.
Ermida do Santo Sepulcro
Construída entre rochedos, esta Ermida faz parte de um conjunto de onze ermidas de habitação ou de penitência e foi fundada em 1646 pelo Reitor Manuel de Saldanha, Reitor da Universidade e Bispo de Viseu. Em 1722 passou a ser propriedade de Ascêncio de Paiva Pinto e foi restaurada pelo seu terceiro neto Francisco Augusto de Mesquita Paiva e Pinto, em 1863.
Esta ermida é uma das mais impressionantes, pois o seu miradouro proporciona uma das melhores paisagens do Buçaco.
Cruz Alta
Mandada construir em finais de 1648 por Manuel de Saldanha, Reitor da Universidade, foi restaurada em 1841 por instâncias do Governo Civil de Coimbra. No mesmo local existiu, anteriormente, uma cruz de madeira.
A Cruz Alta simboliza um dos momentos mais importantes da Via Sacra: a Crucificação de Jesus Cristo.
Miradouro privilegiado, a Cruz Alta situa-se no ponto mais elevado da Serra do Buçaco, onde a montanha atinge uma altitude de 547 metros. A paisagem a partir deste local é deslumbrante, avistando-se desde o Oceano Atlântico (a Oeste) à Serra da Estrela (Sudeste), passando pela Serra do Caramulo (Nordeste).
Capela de Santo Antão
Esta Capela eleva-se sobre um penhasco, de planta circular, com porta de moldura circular. No interior exibe um altar sobre o qual se abre um nicho contornado por pedra rústica, e cobertura em abóbada com panos evidenciados pelo mesmo material. A iluminação é feita através da porta e de 2 pequenas frestas colocadas lateralmente.
Nas suas traseiras, o local é um excelente miradouro, com vista para a serra e sobre a Mata do Buçaco.
Passo de Herodes
É uma das capelas alusivas às cenas da Prisão de Cristo. Foi mandada construir pelo Reitor da Universidade Manuel de Saldanha, entre 1643 e 1646. Aqui, Nosso Senhor Jesus Cristo, em casa de Herodes, foi dado como louco e, por isso, vestiram-no de púrpura.
Na placa descritiva colocada sobre a porta de entrada da capela lê-se:
"AQUI SE CONSIDERA A CASA DE HERÓDES, AONDE CRISTO SENHOR NOSSO FOI TIDO COMO LOUCO, E POR TAL O VESTIRAM DE PÚRPURA E O TORNARAM A MANDAR A PILATOS".
Portas de Coimbra
Capela de São João da Cruz
Devocional, esta capela destaca-se pelo frontal com azulejos representando diversas plantas e animais exóticos.
Sobre a porta da capela, no exterior, salienta-se a moldura recta contornada por embrechado onde se eleva uma cruz de pedra rústica animada por uma linha branca.