

Caracterização da Serra de São Macário
A Serra de São Macário é uma elevação de Portugal Continental, cujo ponto mais elevado se situa a cerca de 1.052 metros de altitude, cota atingida no Alto de São Macário. Localiza-se no concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, região do Centro, região de Viseu Dão-Lafões.
Esta serra encontra-se a pouco mais de 10 km a Norte da capital do concelho cujo território a acolhe, São Pedro do Sul.
É parte integrante do Maciço da Gralheira juntamente com a Serra da Freita, a Serra da Arada e a Serra do Arestal.
No ponto mais alto desta serra foi edificada uma primitiva ermida, a de São Macário de Cima. Em 1769 foi edificada uma outra, a uns metros mais abaixo e também dedicada ao mesmo santo, conhecida por ermida de São Macário de Baixo.
Do cume da Serra de São Macário pode observar-se uma bonita e abrangente paisagem que inclui as serras de Montemuro e Caramulo, assim como parte da bacia do Rio Vouga.
Nesta serra abundam as aldeias em xisto, dos quais se destacam, Janarde, Meitriz, Covas do Rio, Covas do Monte, Cortegaça, Pena e Maçagoso, esta última completamente abandonada e em ruínas.
O Rio Paiva banha várias das povoações acima referidas e absorve as águas de várias ribeiras, entre as quais, as da Ribeira da Pena.
Nesta serra existem bons trilhos para a prática de caminhadas e na aldeia da Pena existe uma zona de escalada, com diversas vias equipadas.

Cortegaça
Cortegaça é uma pequena aldeia que pertence à União das Freguesias de Covelo de Paivô e Janarde, no Concelho de Arouca, distrito de Aveiro, região do Norte, sub-região da Área Metropolitana do Porto.
A aldeia encontra-se encaixada num pequeno vale, entre a aldeia de Silveiras e a de Meitriz. Nas habitações são bem visíveis os vestígios das construções em xisto e dos telhados em lousa.
Actualmente a aldeia, apesar de bem conservada, aparenta não ter qualquer habitante em permanência.

Covas do Monte
Covas do Monte é uma aldeia pertencente à União das Freguesias de São Martinho das Moitas e Covas do Rio, no Concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, região do Centro, sub-região de Viseu Dão-Lafões.
A povoação fica encravada num vale da Serra de São Macário a uma altitude de 450 metros. À sua volta fica uma imensa montanha de xisto, manchada de verde das giestas e do mato, aqui e ali salpicada por algumas manchas de pinheiro e alguns eucaliptos.
Apenas nos anos oitenta do séc. XX se abriu a estrada, chegando, mais tarde, o alcatrão. Dali não segue para mais lado nenhum. Por estrada florestal (o popular estradão) pode-se desfrutar de um belo passeio até Covas do Rio, passando por Serraco.
É constituída na sua maioria por construções de xisto, incluindo o telhado que é feito por placas desta mesma rocha (lousa). Dispostas por ruas sinuosas, por norma, as casas têm um piso térreo onde se abrigam os animais e as alfaias agrícolas e um primeiro andar destinado a habitação.
Curiosamente, é nesta aldeia que se encontra um dos maiores, senão o maior, rebanho do país. Todos os dias, cerca de 2.500 cabras saem todas as manhãs para a montanha, num ritual ancestral de pastoreio comunitário que envolve toda a pequena povoação de apenas 56 habitantes. Ao fim da tarde, no regresso à aldeia, os animais parecem saber de cor o curral e a porta certa onde pertencem.
No prolongamento do vale ficam situadas as “Terras do Pão“. São terrenos férteis e com abundância de água que escorre da serra por alguns ribeiros que, no estio, é utilizada e distribuída pelos campos através de um regadio tradicional. É também essa água que dá força para fazer andar as mós, nos seculares moinhos de água, onde se procede à moagem dos cereais para se fazer a broa.
Antigamente existiam na aldeia três lagares de azeite. Um deles, o comunitário, estava a ser recuperado.

Covas do Rio
Covas do Rio é uma localidade pertencente à União das Freguesias de São Martinho das Moitas e Covas do Rio, no Concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, região do Centro, sub-região de Viseu Dão-Lafões.
Inserida na Serra de São Macário, a sua localização confere à povoação uma grande beleza paisagística. Este facto é, em parte, responsável pelo seu isolamento e consequente decréscimo da população, motivo que tem vindo a influenciar a diminuição do número de habitantes nesta aldeia.
Os marcos mais importantes para a modernização desta aldeia surgiram já nos fins do séc. XX. Na década de 1980 chegou o asfalto e a electricidade, sendo preciso aguardar mais década e meia pela chegada da água canalizada.
As habitações mais antigas de Covas do Rio são, maioritariamente, em xisto, com cobertura em ardósia (lousa). Os materiais empregues na construção de novas habitações, principalmente a partir do final do séc. XX, é o betão e a telha.
A principal actividade dos seus habitantes é a agricultura e a criação de animais, em grande parte, para consumo próprio.

Fujaco
Fujaco é uma localidade portuguesa que faz parte da Freguesia de Sul, no concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, região do Centro, sub-região de Viseu Dão-Lafões.
A aldeia situa-se numa encosta da Serra de São Macário. As habitações possuem as tradicionais paredes de xisto e o tecto é coberto a lousa.
Os seus habitantes dedicam-se, sobretudo, à agricultura (milho, batata, feijão, vinha), à criação de gado (ovelhas e cabras) e à apicultura.
A flora é constituída por castanheiros, oliveiras, pinheiros, sobreiros, urzes e giestas. A fauna compõe-se, sobretudo, por javalis, raposas, doninhas, fuinhas, águias e pequenos roedores.
Tal como acontece em outras aldeias serranas, o Fujaco padece com o grande problema da emigração e imigração, provocando a consequente desertificação.

Janarde
Janarde é uma localidade pertencente à União das Freguesias de Covelo de Paivô e Janarde, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro, região do Norte, sub-região da Área Metropolitana do Porto. Dista cerca de 20 km da sede do município e situa-se na bacia do Rio Paiva, com território nas duas margens.
Foi freguesia desde 10 de Dezembro de 1803, por acórdão do Tribunal da Santa Igreja Patriarcal, na sequência da oposição dos moradores dos lugares de Carvoeiro, Telhe, Silveiras, Póvoa, Bacelo, Meitriz e Janarde à continuação da sua inserção na freguesia de Alvarenga, e foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Covelo de Paivô, para formar uma nova freguesia.
Durante a Segunda Guerra Mundial foram exploradas na área desta freguesia treze minas de volfrâmio. Permanecem visíveis por toda essa área sinais da exploração do minério.
É nesta aldeia que estão localizados os denominados “Meandros do Paiva“, facilmente observáveis do alto da povoação. Este geossítio é composto por grandes sinuosidades no curso do rio Paiva. São também geossítios nas proximidades desta povoação: a “Livraria do Paiva” e os “Icnofósseis de Mourinha“.

'Livraria' da Pena
À saída da aldeia da Pena, em territórios da União das Freguesia de São Martinho das Moitas e Covas do Rio, no concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, região do Centro, sub-região de Viseu Dão-Lafões, erguem-se imponentes fragas dispostas verticalmente que lembram monumentais livros apertados nas estantes. Cada "livro" corresponde a um estrato quartzítico que data do Ordovício, há cerca de 480 milhões de anos atrás, e alguns deles registam a passagem ancestral de trilobites e outros animais nas areias das margens pouco profundas do paleocontinente Gondwana. Estes animais deixaram rastos que se podem observar hoje nas lajes viradas a Sul, formando icnofósseis.
É acessível a partir de um caminho antigo justamente chamado "Caminho do morto que matou o vivo", e que segue ao longo do ribeiro da Pena até Covas do Rio, num percurso de 3 km bastante abrupto.
No seu topo localizam-se as vias de Escalada da Pena e o local é um excelente miradouro para a serra.

Maçagoso
Maçagoso está situado na Freguesia de Sul sendo uma das aldeias típicas do concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, região do Centro, sub-região de Viseu Dão-Lafões.
Trata-se de um dos mais pequenos núcleos habitacionais do país. Aqui, o xisto domina nos últimos vestígios das casas existentes, tendo sido utilizado quer no pavimento das ruas quer nas coberturas das pequenas construções.
Apesar da melhoria das estradas e das comunicações, há aldeias que vão sendo abandonadas e Maçagoso foi uma delas.
A ruralidade ainda continua preservada nesta aldeia típica, onde predominam paisagens verdejantes, cursos de água fria e cristalina e verdadeiros refúgios de inspiração, onde abundam as histórias, os mitos e as lendas.
Esta aldeia abandonada, actualmente em ruínas, beneficia de uma natureza luxuosa em estado virgem.

Meitriz
Meitriz é uma pequena aldeia que pertence à União das Freguesias de Covelo de Paivô e Janarde, Concelho de Arouca, distrito de Aveiro, região do Norte, sub-região da Área Metropolitana do Porto. Dista da sua sede concelhia, Arouca, cerca de 22 km.
Junto à aldeia, o Rio Paiva separa Meitriz do lugar de Além do Barco. Há alguns anos atrás a travessia do rio fazia-se de barco, único meio de ligação entre as duas margens. Hoje existe uma ponte e uma pequena praia fluvial com zona de lazer.
A aldeia de Meitriz foi recentemente reconhecida e classificada com a Marca “Aldeias de Portugal“. Desta forma, passou a integrar uma rede composta por 36 Aldeias classificadas no Norte de Portugal. Este conceito “Aldeias de Portugal” visa a valorização, promoção, conservação do património rural, da cultura tradicional, da paisagem e melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes.
Icnofosseis de Meitriz: Este geossítio compreende os afloramentos quartzíticos localizados nas duas margens do Rio Paiva, entre as aldeias de Meitriz (Arouca) e Pereiró (Castro Daire) resultado da deposição em meio marinho pouco profundo de areias, preservando inúmeras marcas de actividade de seres vivos (icnofósseis).

Pena
Pena é uma aldeia da União das Freguesia de São Martinho das Moitas e Covas do Rio, concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, região do Centro, sub-região de Viseu Dão-Lafões.
A aldeia da Pena é parte integrante da Serra de São Macário, em pleno Maciço da Gralheira. Situada a cerca de 20 km de São Pedro do Sul, é uma aldeia típica de xisto onde existem frondosas matas autóctones que se debatem por travar a lenta, mas inexorável, marcha da desertificação.
Praticamente desabitada, a aldeia da Pena encontra-se encaixada num pequeno e fundo anfiteatro, num cenário natural de rara beleza, sendo um ponto de passagem obrigatório para os amantes da Natureza, uma vez que se encontra no centro do vale e junto à ribeira da Pena, a cerca de 600 metros de altitude.
Considerada por muitos como uma das mais belas aldeias portuguesas, o seu acesso é limitado, pois não é permitida a entrada de viaturas.
Grande parte das casas está recuperada e a aldeia está mais viva do que nunca. Tem um restaurante bastante procurado e, aparentemente, abriu recentemente um segundo e passou também a contar com uma Guest House.

Ribeira da Pena
Ribeira da Pena é um pequeno curso de água que abraça a aldeia que lhe dá o nome, uma pequena povoação pertencente à União das Freguesia de São Martinho das Moitas e Covas do Rio, concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, região do Centro, sub-região de Viseu Dão-Lafões.
Esta ribeira passa junto à povoação da Pena e segue pelo “Caminho onde o morto matou o vivo“, um percurso pedestre, até perto de Covas do Rio.

Rio Paiva
Rio Paiva tem a sua nascente situada na encosta Sul da Serra de Leomil, próximo de Carapito, no concelho de Moimenta da Beira, distrito da Guarda, região do Norte, sub-região do Douro.
Desagua no lugar do Castelo, em Castelo de Paiva, local assinalado pela famosa “Ilha dos Amores”.
Os seus 108 km de extensão percorrem dez concelhos: Moimenta da Beira, Sernancelhe, Sátão, Vila Nova de Paiva, Viseu, Castro Daire, São Pedro do Sul, Arouca, Cinfães e Castelo de Paiva, entre as serras de Leomil, São Macário, Freita e Montemuro.
Este curso de água, o menos poluído da Europa, percorre persistentemente o fundo de desfiladeiros de vertentes abruptas. Nas suas margens formam-se, por vezes, praias fluviais (Paradinha, Areinho, Janarde, Meitriz, Vau e Espiunca).
O seu longo vale está dividido entre a região do Alto Paiva (de Moimenta da Beira a Vila Nova de Paiva) caracterizada por planalto formado por bosques de carvalhos e castanheiros, e o Baixo Paiva (a partir de Castro Daire até à foz) onde ganha força e se precipita com os seus famosos rápidos por uma zona montanhosa e de grandes desfiladeiros que o tornam quase inacessível em grande parte do percurso.
O Rio Paiva é um dos rios de excelência para a prática de várias actividades relacionadas com o desporto aventura em Portugal e o melhor rio do país para o rafting.
Está classificado como “Sítio de Importância Comunitária na Rede Natura 2000“.

São Macário (Miradouro)
São Macário é um ponto alto situado a cerca de 10 Km da aldeia de Sul, no concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, região do Centro, sub-região de Viseu Dão-Lafões. É um magnífico ponto de observação da morfologia e paisagem da região Oriental do Maciço da Gralheira.
É neste monte que a Serra de São Macário atinge o seu ponto mais elevado, a cerca de 1.052 metros de altitude.
No Monte de São Macário foi erguido um dos mais peculiares santuários de montanha, constituído por duas ermidas: a de São Macário de Cima, e a de São Macário de Baixo, erguidas em memória de um eremita que, segundo a lenda, se tornou santo e padroeiro desta serra.

Serraco
Serraco é uma localidade pertencente à União das Freguesias de São Martinho das Moitas e Covas do Rio, no concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, região do Centro, sub-região de Viseu Dão-Lafões.
É uma pequena aldeia rústica situada entre Covas do Rio e Covas do Monte, na Serra de São Macário, situada junto à Ribeira do Serraco, com poucos habitantes e apresentando ainda muitos aspectos rurais.
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