Serra da Freita – Caminho do Carteiro

Ficha Técnica

 
 

Na nossa versão, o percurso tem início em Cabreiros, junto ao cemitério.

Desce-se um pouco pela estrada em direcção à povoação, mas desvia-se à esquerda pelo caminho que se dirige à igreja local. Pelo caminho passa-se junto a um cruzeiro.

Passa-se junto à igreja e vira-se, de seguida, à esquerda, descendo por um caminho empedrado até passar sobre uma pequena ribeira.

O trilho segue entre muros e desce por entre alguma vegetação. Este caminho com o solo molhado é bastante escorregadio.

No final da descida segue-se para a esquerda por um trilho de pé posto que acaba por seguir ao longo de uma velha levada de água.

A levada é interrompida por um caminho que a cruza, mas o nosso percurso segue novamente pela levada. Deve-se ignorar o caminho descendente.

Serra da Freita

Por uma levada (2011)

Pela levada ou pelo muro da mesma continua-se a caminhada até a uma mariola que surgirá um pouco mais à frente no lado direito do muro. A levada termina pouco depois junto a um velho portão. Se chegar ao portão volte ligeiramente atrás.

Saindo junto à mariola inicia-se uma descida, entre vegetação, na direcção de forte ruído de água corrente. Pelo caminho algumas passagens estreitas, entre pedras, relembram os tempos em que estas passagens impediam o gado de prosseguir o caminho.

Uma pequena ponte permite ultrapassar a ribeira sob a qual a água corre e salta pelas pedras do leito acidentado.

Após a passagem pela ponte o caminho continua para o lado direito e desce depois para junto de um velho moinho de água abandonado e em ruína. Este caminho, quando molhado, pode ser bastante escorregadio. Junto ao moinho mais uma ponte permite a passagem sobre outra ribeira. Após a ponte inicia-se uma subida algo íngreme, sobre pedras polidas e escorregadias, até aos campos de Tebilhão.

Já nos campos visualiza-se a aldeia de Tebilhão e, no sentido oposto, a aldeia de Cabreiros.

Na passagem por Tebilhão ainda se podem observar alguns aspectos rústicos próprios das aldeias desta serra. Também é aqui que se começa a encontrar as marcações do percurso pedestre.

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Em Tebilhão (2007)

De regresso a Cabreiros já pelo PR6, por campos de Tebilhão, desce-se à ribeira onde se passa numa velha ponte em pedra. Começa aí a acentuada subida até Cabreiros.

Em Cabreiros inicia-se a descida para as antigas minas de Rio de Frades. O caminho desce de forma bastante acentuada, aumentando a inclinação à medida que se desce. Também este caminho pode ser bastante escorregadio e perigoso quando o terreno se encontra molhado.

A beleza da paisagem envolvente é de cortar a respiração. Após a parte mais acentuada da descida existem diversas entradas para galerias de minas junto ao trilho. É possível entrar em algumas, mas todo o cuidado é pouco.

O trilho continua a descer, passando por algumas ruínas de edifícios de apoio às minas e segue até à povoação de Rio de Frades, povoação que merece uma visita, quer pelos seus aspectos rústicos, quer pelos vestígios mineiros.

No regresso, junto a uma placa que indica a proibição de passagem de bicicletas e motos, desvia-se para a esquerda por um caminho descendente que segue até à mina de Vale da Cerdeira. Pelo caminho passa-se por várias ruínas de antigos edifícios mineiros.

A passagem por dentro desta galeria mineira necessita do uso de lanterna ou frontal. Esta travessia não implica qualquer risco em especial mas convém ver onde se colocam os pés e evitar bater com a cabeça em algum ponto mais baixo da galeria.

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Descendo para as minas de Rio de Frades (2013)

Na saída da mina existe uma bonita cascata no rio.

Para quem estiver a fazer o circuito linear a solução é voltar atrás, passando novamente pela galeria da mina e depois regressar ao trilho principal subindo até Cabreiros.

Em alternativa, apenas quando o caudal do rio é baixo, passa-se a cascata para o outro lado e depois segue-se pelo leito do rio. Esta parte implica, pelo menos, mudar de margens umas duas vezes, com cuidado, que as pedras molhadas do rio são extremamente escorregadias.

A chegada a uma lagoa que impede a passagem pedestre pelo rio, indica que está na altura de abandonar o leito do mesmo. A saída faz-se sobre o lado direito, um pouco antes de chegar à lagoa. É necessário saltar sobre a ribeira e depois iniciar a subida por uma escombreira. A subida é lenta e entre vegetação, mas sobe-se perfeitamente. Por vezes caminha-se numa linha de água e, já mais acima, passa-se essa linha de água para o seu lado direito na direcção dos blocos grandes de pedra.

Durante a subida podem-se apreciar algumas das ruínas de edifícios que indicam a localização do trilho mineiro. Deve-se evitar a subida pela escombreira do lado esquerdo. Constituída de pedra miúda (cascalho) é muito instável, causando grandes problemas na subida, o que a pode tornar perigosa. Ascendendo pelo lado direito, já junto às pedras de maior porte, encontra-se o caminho mineiro.

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Numa galeria mineira (2007)

Já no caminho inicia-se a subida na direcção de Cabreiros.

A passagem na ponte de pedra pode permitir o descanso e refrescamento junto ao rio.

Neste, há que ter o máximo de cuidado ao andar dentro de água. As pedras molhadas são EXTREMAMENTE escorregadias e os acidentes podem acontecer com muita facilidade, o que, atendendo ao local, pode assumir maior gravidade. Se suportar a temperatura da água, nem sempre convidativa, movimente-se dentro desta sempre sentado ou deitado. Existem boas poças para banhos.

Depois sobe-se calmamente até Cabreiros pelo longo e íngreme caminho por onde se efectuou a descida. Deve-se parar para respirar e apreciar a paisagem envolvente. Nesta nossa proposta, o percurso termina em Cabreiros evitando-se, assim, que após esta penosa subida, ainda seja necessário percorrer o caminho até Tebilhão.

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Atravessando a mina de Vale da Cerdeira (2013)

CROQUI DO PERCURSO

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DADOS TÉCNICOS

O percurso: Percurso com desníveis acentuados, é apto para realizar apenas a pé. Circular, com cerca de 14 km de distância, é considerado um percurso fisicamente ‘Exigente’;

Carta militar: Nº 155;

Duração aproximada: 4 horas;

Marcações: O trilho segue em grande parte o percurso “PR6 – Caminho do Carteiro” (Arouca), na ligação entre Tebilhão e Rio de Frades e em parte do regresso até Cabreiros. O início do percurso entre Cabreiros e Tebilhão, e parte do percurso entre a saída da Mina de Vale da Cerdeira e o regresso ao trilho mineiro, caminhando pelo rio, são efectuados fora do percurso marcado;

Pontos altos desta actividade: A passagem nas povoações de Tebilhão, Cabreiros e Rio de Frades. O Rio de Frades e o antigo complexo mineiro de Rio de Frades no qual é possível visitar algumas galerias e atravessar, pelo interior, a Mina de Vale da Cerdeira;

Cuidados: A entrada nas galerias mineiras deve ser feita com o máximo cuidado atendendo a que as mesmas se encontram abandonadas e sem manutenção há mais de cinquenta anos;

Apoios: Nas aldeias de Cabreiros, Tebilhão e Rio de Frades;

Início e fim do percurso: Cabreiros (junto ao cemitério) – Coordenadas GPS: (Latitude: 40.85656368149628 ou 40° 51′ 23.62885″ N) e (Longitude: -8.189524412155151 ou 8° 11′ 22.28874″ W);

GPS: Não.

Folheto (Download):