Ficha Técnica
Iniciou-se esta aventura com a partida junto à capela de Fuste, atravessando a povoação. O caminho segue um pouco por estrada e depois desvia para o que parece ser um acesso a uma pequena viela.
Passada essa viela, entramos num campo lavrado para, pouco depois, virar à direita num local onde é preciso alguma atenção à sinalética.
Continua-se por campos até curvar, à direita, descendo até a uma grande pedra por onde corre uma linha de água. Segue-se então até uma velha casa semi-abandonada.
Após a casa, surge uma descida longa e íngreme até à estrada que liga a Pedrógão.

Em Fuste (2007)
Na curva da estrada e junto à ribeira de Bouceguedim podemos ver os tanques de criação de trutas.
Sobe-se a estrada passando pelas casas do Pedrógão e segue-se a indicação do percurso pedestre, subindo por um trilho empedrado.
Uns metros mais à frente surge nova placa que nos “empurra” para um trilho ascendente. Durante a subida podemos apreciar a paisagem dos vales situados à esquerda do caminho, bem como a povoação que acabámos de passar.
Sai-se do estradão em que caminhamos, continuando por um trilho de pé posto indicado por uma seta e, pouco depois, voltaremos de novo ao estradão, já perto do local onde teremos a primeira visão panorâmica do trilho que passa pelas antigas minas da Serra Amarela.
O trilho segue então descendente até a uma linha de água, sob arvoredo. Depois de se atravessar a ribeira inicia-se a subida para o trilho mineiro.

Observando o trilho mineiro (2007)
O trilho é exposto do seu lado esquerdo onde se pode ver algumas quedas e linhas de água, a ribeira no fundo com algumas lagoas mais profundas e uma paisagem magnífica do Vale do Rio Paivô. O trilho mineiro começa a estar coberto pelo mato, o que começa a perturbar o andamento e a aumentar a perigosidade. É necessário alguma atenção redobrada.
Ao longo desta parte do percurso podemos verificar inúmeras escavações de pequena dimensão na rocha, que nos poderão dar uma pequena ideia das duras condições de trabalho dos antigos mineiros.
O trilho desce depois para o local de passagem sobre a Ribeira da Pena Amarela, numa ponte de madeira que por lá foi colocada aquando da inauguração do percurso pedestre (de inverno a ponte poderá ser de difícil transposição devido ao facto de estar molhada e gelada e, por isso, muito escorregadia, recomendando-se a passagem pela água).
Após a transposição da ribeira, sobe-se o cascalho e encontra-se à direita o início da longa e íngreme subida ao topo da serra.
No ponto mais alto observe os picos da Serra Amarela situados por trás da ribeira transposta e portanto situada à direita de quem sobe.

Subindo a serra (2013)
A partir deste ponto a descida é constante, entre eucaliptos, em direcção à povoação de Rio de Frades, antiga aldeia mineira.
A chegada é perto da capela e do café local mesmo no coração da aldeia. Inicia-se nesse ponto outro percurso que passa pela parte mineira e que é denominado “PR6 – Trilho do Carteiro”.
O retorno é feito pelo mesmo caminho sendo o percurso nesse sentido maioritariamente ascendente.
Variante: No sentido de evitar o regresso pelo mesmo caminho, propomos aqui uma alternativa, fora do PR8 e sem qualquer marcação. Esta variante torna o percurso fisicamente mais desgastante.
Após sair de Rio de Frades, efectuando a subida até ao ponto mais alto do percurso marcado, local onde se inicia a descida para a zona das Minas da Pena Amarela, é possível abandonar o PR8.
Nesse ponto encontram-se duas placas. Uma indica a descida a Rio de Frades, a outra o regresso pelo caminho das minas.

Em Rio de Frades (2010)
Vira-se à esquerda e segue-se por um velho caminho, na direcção das escarpas da Pena Amarela
Na fase inicial, o percurso é bem visível e pouco ascendente mas rapidamente aumenta o declive. O percurso deixa de ser tão marcado no terreno mas é suficientemente perceptível para o seguir e percorrer, subindo em ziguezague até ao cimo da serra.
Segue-se pela linha de cumeada fazendo esta, falésia para ambos os lados, sendo evidente o caminho a seguir. Com atenção nota-se ao longe um trilho entre a vegetação que depois se verificará ser lajeado. Após subir por esse trilho surge no horizonte a povoação do Cando. É para lá que nos devemos dirigir. O caminho não segue directamente até à povoação mas vai contornando a serra até se chegar à mesma.
A partir daqui desce-se um pouco a estrada que vai para Arouca. Após a curva apertada, à direita, sobe-se a encosta situada no seu lado esquerdo. Aqui não há caminho pelo que, no sentido de evitar o mato, deve-se subir o mais possível pela zona rochosa. No topo o ponto de orientação é o parque eólico, mais propriamente a última torre à direita que está situada no marco geodésico do Côto de Boi. A progressão deve ser sempre pela cumeada, tentando tanto quanto possível andar nas zonas rochosas para evitar o mato.
Antes de chegar à primeira linha de água desce-se, paralelamente à mesma, para a estrada que vai para Arouca. Percorrem-se algumas dezenas de metros pela estrada.

Nas fragas da Pena Amarela (2013)
Após a curva apertada, situada quase por baixo do Côto de Boi, volta-se a sair da estrada pelo lado esquerdo da mesma. À nossa esquerda, no alto, encontra-se a eólica do Côto de Boi e, à sua esquerda, a linha de água que forma a cascata com o mesmo nome.
Deixamos a cascata pelas costas e iniciamos a descida até a um velho trilho empedrado que acompanha a linha de água e que nos levará quase até à estrada. A fase final é complicada, com mato alto e algum desnível na parte final. No entanto, com calma, arranja-se forma de descer sem grandes problemas.
Após chegar à estrada segue-se pelo trilho situado em frente. Alguns metros depois encontra-se uma placa do “PR3 – Caminhos do Sol Nascente” que nos indicará o percurso a seguir até Fuste, o início e fim da nossa actividade.
Esta alternativa tem algum sabor de aventura, implica alguma capacidade de improviso e decisão e evita o regresso a Fuste pelo caminho já percorrido (o ficheiro GPS disponível para ‘download’ inclui o percurso mineiro com a variante, sem passagem em Rio de Frades).

A caminho do Cando (2013)
CROQUI DO PERCURSO
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DADOS TÉCNICOS
O percurso: Percurso com desníveis acentuados, é apto para realizar apenas pé. Circular, ao incluir a variante proposta, com cerca de 13 km, é considerado um percurso fisicamente ‘Moderado/Exigente’;
Carta militar: Nº 155;
Duração aproximada: 4 horas;
Marcações: O trilho segue na íntegra o percurso “PR8 – Rota do Ouro Negro” (Arouca), no percurso normal, e sem qualquer marcação na variante proposta;
Pontos altos desta actividade: As povoações de Fuste, Pedrógão e Rio de Frades (percurso normal), a povoação do Cando (variante). A passagem pelas Minas da Pena Amarela, local onde se explorou o Volfrâmio (percurso normal), as Fragas da Pena Amarela e a Cascata do Côto de Boi (variante);
Cuidados: As galerias mineiras em geral são baixas e encontram-se com muita água. Qualquer entrada numa galeria deve ser feita com todo o cuidado;
Apoios: Em Fuste, Rio de Frades e Cando;
Início e fim do percurso: Fuste – Coordenadas GPS: (Latitude: 40.89964291432559 ou 40° 53′ 59″ N) e (Longitude: -8.218433260917664 ou 8° 13′ 6″ W);
GPS: Sim (Clique para download).
Folheto (Download):