Serra da Estrela – Penha dos Abutres

Ficha Técnica

   

A nossa proposta é partir da Torre, na direcção da Penha dos Abutres e, a partir desse ponto, descer à aventura até Loriga.

Inicia-se o percurso passando junto a um edifício abandonado por trás da área comercial e, na primeira fase, não se segue directamente para a Penha dos Abutres.

A intenção é evitar as constantes descidas e subidas no planalto.

Caminha-se sobre turfas, tendo o cuidado necessário com possíveis buracos escondidos por estas. O zimbro abunda neste planalto.

Serra da Estrela

Deixando a Torre para trás (2013)

Começam a aparecer grandes mariolas que servem de orientação aos pastores e marcam o final do planalto. Tendo o marco geodésico da Penha dos Abutres em vista escolhe-se o melhor trajecto para o alcançar, mantendo a lógica de evitar ao máximo as subidas e descidas. A abordagem ao marco nunca é directa, excepto na parte final.

Começam aqui os problemas e a necessidade de tomar decisões importantes e acertadas. O desnível nesta zona escarpada é elevado, pelo que, para efectuar a descida convém fazer boas escolhas. A outra opção é levar equipamento para rapel (no nosso caso tal não foi necessário, apesar de transportarmos algum material).

Partindo do marco geodésico, pelo lado Sul deste, evitamos a primeira linha de água, o monte de rochas a seguir e iniciamos a descida após as rochas.

A primeira parte da descida é fácil mas acabando o patamar é necessário procurar do lado esquerdo uma rocha ligeiramente inclinada sobre a qual é possível descer com alguma facilidade e segurança, embora sempre com os cuidados que a situação exige.

Serra da Estrela

No marco geodésico da Penha dos Abutres (2013)

Com calma e com uma boa escolha é mais fácil de descer do que à primeira vista tudo fazia crer.

A inexistência de trilho implica por vezes caminhar sobre rochas, algumas soltas, que podem provocar lesões, o que neste local seria muito complicado. Todo o cuidado é pouco.

O grande desnível de todo o percurso, à volta de 800 metros, causa, só por si, mazelas em joelhos, tornozelos e pés, facto que é agravado pelo tipo de terreno.

Apesar de se encontrarem algumas mariolas e umas marcas azuladas, nem sempre as mesmas dão grande ajuda, principalmente porque o mato também abunda em algumas fases da descida.

A evitar de todo é a tentação de descer para o lado direito da encosta, na direcção de Loriga, porque a aproximação a linhas de água pressupõem muito mato e grandes dificuldades de progressão. É melhor tentar seguir a linha de cumeada.

Serra da Estrela

Descendo pelas fragas da Penha dos Abutres (2013)

A partir de certa altura o objectivo é seguir na direcção de umas ruínas que se vêm lá mais para baixo.

A chegada à primeira ruína, denominada Casa dos Ingleses, fica marcada por um caminho à direita, que seguimos algumas dezenas de metros. Saindo do caminho acabámos por descer pelo meio do mato, em zonas de forte declive sem qualquer caminho digno desse nome. Totalmente desaconselhada esta opção.

Pelo estudo efectuado a partir do track GPS que efectuámos durante a descida, quer no Google Earth quer na carta militar, estamos agora convencidos que a melhor opção de descida é seguir o mesmo caminho mas para o lado esquerdo, na direcção de outra ruína chamada Casa dos Militares (ver carta militar). Apesar deste caminho ir parar à estrada num ponto mais longínquo em relação a Loriga, parece-nos bem definido no terreno, não oferecendo dificuldades de maior durante a descida.

No entanto, alertamos que a realidade no terreno nem sempre é a que vemos em cartas militares e no Google Earth. Há sempre uma parte que depende das nossas decisões e opções.

Serra da Estrela

Descendo na direcção de Loriga (2013)

CROQUI DO PERCURSO

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DADOS TÉCNICOS

O percurso: Percurso com grande desnível descendente, é apto para realizar apenas a pé. Linear, com cerca de 11 km de distância, é considerado um percurso fisicamente ‘Exigente’;

Carta militar: Nº 223;

Duração aproximada: 5 horas;

Marcações: O percurso não segue qualquer percurso pedestre, pelo que, não existem marcações;

Pontos altos desta actividade: A Torre e a paisagem no planalto da serra. A vista na Penha dos Abutres e a descida pelas rochas. A vila de Loriga;

Cuidados: A realização do percurso no Inverno, principalmente com neve, é desaconselhada atendendo às características do terreno;

Apoios: Apenas existem apoios na Torre e em Loriga;

Início e fim do percurso: Torre – Coordenadas GPS: (Latitude: 40.32184589711756 ou 40° 19′ 18,6456″ N) e (Longitude: -7.613739967346191 ou 7° 36′ 49,4638″ W), Loriga – Coordenadas GPS: (Latitude: 40.32753041361479 ou 40° 19′ 39,1076″ N) e (Longitude: -7.687983512878418 ou 7° 41′ 16,7406″ W).

GPS: Sim (Clique para download).

Folheto (Download):