Serra da Estrela – Garganta de Loriga

Ficha Técnica

   

A nossa proposta é partir da aldeia de Loriga iniciando o percurso junto ao café ‘O Vicente’.

Inicia-se a subida por uma estrada situada em frente ao café, passando esta rapidamente a estradão que ascende em ziguezague por entre arvoredo. Esta parte é desgastante e não muito interessante. O desnível a vencer é elevado e o facto de ser logo no início implica alguma calma na progressão.

Terminando o estradão começa um caminho de pé posto, muitas vezes sobre rocha, que percorre o lado esquerdo da Ribeira da Nave a qual corre numa linha de água profunda. Para trás, e cada vez mais lá em baixo, fica a povoação de Loriga.

O trilho é quase sempre ascendente, afastando-se numa primeira fase da ribeira, e dirigindo-se depois para a garganta em ‘V’.

Serra da Estrela

Subindo na direcção da garganta (2007)

A entrada na garganta propriamente dita faz-se num pequeno patamar plano denominado de Covão da Areia.

Olhando para a frente, uma parede, que parece ser intransponível, é o próximo obstáculo a vencer. A subida faz-se entre rochedos tendo como guias as mariolas e umas marcas recentes de percurso pedestre.

É esta a história do percurso pela garganta. Subir constantemente de patamar em patamar, ou seja, de covão em covão.

Ultrapassado o obstáculo atrás referido entra-se no Covão da Nave. Este covão é caracterizado por ter uma zona plana, mais comprida que a do Covão da Areia, e que, tal como esse, se encontra coberta de turfas devido ao gelo e às águas dos degelos. É necessário ter algum cuidado ao caminhar sobre as turfas devido aos buracos que, por vezes, estas escondem.

Serra da Estrela

No Covão da Areia (2013)

No final do Covão da Nave deparamo-nos com o muro de uma barragem. A barragem do Covão do Meio é o próximo obstáculo a vencer. Passando primeiro sobre rochas desce-se depois para junto do muro da barragem. Na encosta oposta sobe-se uma longa escadaria.

A escadaria leva ao topo da barragem e depois permite chegar ao trilho que decorre pela lateral esquerda da mesma.

No outro lado da lagoa, junto ao trilho que vamos percorrer, podem-se observar as ruínas de diversos edifícios que supomos terem sido construídos para apoio aos trabalhadores, durante a construção da referida barragem.

O trilho, longo e coberto de muita pedra solta, sobe de forma íngreme até surgir, do lado esquerdo do mesmo, a Lagoa do Covão do Boeiro.

Serra da Estrela

Deixando a Lagoa do Covão do meio para trás (2007)

Um pouco depois, numa curva do caminho, surge do lado direito deste uma pequena lagoa, ou charco, que marca a altura de abandonar o trilho. Deve-se seguir agora na direcção da Lagoa Serrano e da Lagoa do Covão das Quelhas.

As referências deixam de ser as marcas de percurso pedestre, passando a ser mariolas e umas marcas vermelhas já algo gastas.

Chegando às lagoas, situadas uma na proximidade da outra, passámos sobre um pequeno dique situado na Lagoa do Covão das Quelhas e contornámos sempre esta lagoa na direcção da linha de água do Covão das Quelhas. É necessária alguma atenção às mariolas e às referidas marcas vermelhas.

A subida é feita pela linha de água, sempre ascendente, num terreno nem sempre confortável ao andamento, mas sem obstáculos problemáticos. Seguindo as marcas com atenção, estas retiram-nos da linha de água um pouco antes desta acabar, e redireccionam-nos na direcção da Torre.

Um pouco mais acima as velhas torres de radar surgem-nos à vista. A partir daqui é escolher o melhor trajecto para lá chegar e acabar este maravilhoso passeio.

Serra da Estrela

A caminho da Torre (2013)

CROQUI DO PERCURSO

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DADOS TÉCNICOS

O percurso: Percurso com grande desnível ascendente, é apto para realizar apenas a pé. Linear, com cerca de 11 km de distância, é um percurso fisicamente ‘Muito Exigente’;

Carta militar: Nº 223;

Duração aproximada: 5 horas;

Marcações: O trilho segue o percurso “T1” (descrito no livro “À descoberta da Estrela”), no entanto, nem sempre são visíveis as velhas marcações do percurso. Pelo caminho existem muitas mariolas que poderão auxiliar na escolha dos caminhos a seguir;

Pontos altos desta actividade: A vila de Loriga e a paisagem sobre o Vale de Loriga, a passagem pelas Ribeira da Nave, Covão da Areia, Covão da Nave, Covão do Meio e respectiva barragem, Lagoa do Covão do Boeiro, Lagoa Serrano e da Lagoa do Covão das Quelhas, a zona da Torre, a paisagem imponente na garganta e o tipo de trilhos;

Cuidados: Trilho com grande desnível ascendente a implicar uma boa condição física e no Inverno, por ser uma zona com forte possibilidade de queda de neve e fraca visibilidade, suscita maior cuidado;

Apoios: Apenas existem apoios em Loriga e na Torre.

Início e fim do percurso: Loriga – Coordenadas GPS: (Latitude: 40.32753041361479 ou 40° 19′ 39,1076″ N) e (Longitude: -7.687983512878418 ou 7° 41′ 16,7406″ W), e fim na Torre – Coordenadas GPS: (Latitude: 40.32184589711756 ou 40° 19′ 18,6456″ N) e (Longitude: -7.613739967346191 ou 7° 36′ 49,4638″ W);

GPS: Não.

Folheto (Download):