Hoje voltámos a uma serra que nos é muito querida e na qual, ao longo dos anos, realizámos inúmeras actividades recheadas de bons momentos e de boas memórias.

O dia esteve fantástico, mesmo quente para a época do ano, o que ainda tornou a caminhada mais bonita.

Chegados a Fuste, eu, o Francisco e o Figueiredo, iniciámos o percurso junto à Capela de Santa Catarina, entrando depois pelos campos que circundam a povoação até iniciarmos a descida a Pedrógão. Aí verificámos que o trilho estava húmido e por isso era bom termos alguma atenção para tentar evitar alguma queda.

Em Pedrógão passámos junto ao viveiro de trutas e depois pela pequena povoação, iniciando a subida da serra, na direcção das Minas da Pena Amarela.

A subida faz-se sem grandes percalços e, no topo, foi possível observar uma bela panorâmica sobre o vale e serras envolventes. Pouco depois surgiram as Fragas da Pena Amarela e o trilho mineiro rasgado na encosta.

Na aproximação ao trilho mineiro atravessa-se uma ribeira, que corta o trilho, e nessa zona deparámo-nos com diversas árvores caídas que nos obrigaram a fazer alguma ginástica para as passarmos. Ora passando por baixo de umas das árvores, ora passando por cima de outras, lá fomos progredindo no terreno.

Já no trilho mineiro a primeira visão, para além da envolvente montanhosa, é uma cascata que se precipita encosta abaixo na direcção da Ribeira da Pena Amarela. Depois, o trilho percorre toda a encosta, em subidas e descidas constantes, por vezes molhadas e a necessitar de toda a atenção. Uma queda em alguns locais do trilho pode ser muito grave, e depois da minha experiência na última actividade, acho que desta vez, em alguns locais, até cravei as unhas nas rochas.

Até chegarmos à ribeira o percurso foi-nos desgastando, devido à tensão de ver onde e como se metiam os pés. Sempre que tal era necessário e possível lá nos íamos agarrando às rochas e colocando os pés com extremo cuidado.

Atravessámos a ribeira e parámos para descansar e comer qualquer coisa, enquanto observávamos a paisagem. Depois decidimos regressar pelo mesmo caminho que tínhamos percorrido.

Apesar de mantermos o cuidado, a subida do trilho é muito menos perigosa, dado que o perigo de escorregar é bastante menor. Assim, fomos apenas testando a forma física nas subidas, por vezes algo longas e inclinadas, que fomos apanhando.

Passámos novamente em Pedrógão e depois iniciámos a subida a Fuste.

No final, uma das principais razões pela zona escolhida para esta actividade, fomos até ao Café Portela para saciar o apetite.

Alberto Calé

 

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