Caminha

 
 
 
O Concelho de Caminha
União das Freguesias de Caminha (Matriz) e Vilarelho
 

Caminha é uma vila raiana portuguesa no Distrito de Viana do Castelo, município homónimo de Caminha, na região do Norte e sub-região do Alto Minho.

É sede de um município, subdividido em 14 freguesias. O município é limitado a Nordeste pelo município de Vila Nova de Cerveira, a Sudeste por Ponte de Lima, a Sul por Viana do Castelo, a Norte pela Galiza e a Oeste pelo Oceano Atlântico.

Caminha é tida como burgo secular, mais antigo que a Pátria, rico em história, contos e lendas. Nos primórdios da monarquia, Caminha já se apresentava como um importante núcleo piscatório e populacional.

Na organização paroquial sueva do séc. V aparecem os topónimos “Camenae” ou “Camina“. Quase todas as freguesias do concelho, mercê da sua situação geográfica, terão sido pontos fundamentais ao controlo do comércio dos metais que tinham de percorrer as águas do Rio Minho.

Em 1060, I. Magno de Leão designa Caminha como sede de um condado que denominou “Caput Mini” e cerca de meio século depois, Edereci localiza “um forte castelo em ilha a montante da foz do Minho” e outro “acima do precedente em terra firme e eminente“. Isto mesmo se crê conformado nas “Inquisitiones“: “na colação de Sta. Maria de Caminha, em Vilarélio, se situa o velho castelo de Caminha” subordinado durante séculos à Sé de Tui. Somente a partir dos começos do séc. XVIII apareceram, nas chancelarias portuguesas, documentos de desafectação respeitantes a Caminha e povoações ribeirinhas do Minho, alguns do reinado de D. Afonso III, com notícias da edificação de mais uma torre (a do Sol), com a sua porta.

Pela situação geográfica, Caminha era um ponto avançado na estratégia militar portuguesa na luta contra castelhanos e leoneses. D. Dinis mandou aumentar as muralhas e construir mais duas torres, elevando para treze o seu número (dez torres e três portas – a do Sol, a Nova e do Marques).

A 24 de Julho de 1284, outorgou aos habitantes do concelho a primeira Carta Foral. Em 1321, criado o concelho vizinho de Cerveira, foram incluídas neste algumas freguesias de Caminha. A vila conservou-se sempre na posse da Coroa até que, em 1 de Junho de 1371, D. Fernando criou o Condado de Caminha, fazendo seu primeiro conde D. Álvaro Pires de Castro. D. João I doou-a, em 1390, a Fernão Martins Coutinho, concedendo-lhe também o privilégio de “povo franco“. Esta medida desenvolveu extraordinariamente a vida marítima e o comércio locais, permitindo também o início da construção da majestosa Igreja Matriz, em 1428. A vila é nessa altura terra prometedora. Do seu porto partem barcos para diversas partes da Europa. A 20 de Julho de 1464, D. Afonso V fez senhor de Caminha a D. Henrique de Meneses, da Casa de Vila Real, nesta se conservando até 14 de Maio de 1641.

Durante a 2ª Invasão Francesa, em Fevereiro de 1809, Caminha foi atacada pelas tropas do Marechal Soult. A ajuda do povo às poucas tropas do tenente-coronel Champalimaud impediu os franceses de entrar em Caminha. Uma defesa que constitui uma página brilhante de estratégia militar. Esta vila foi, durante muito tempo, um importante ponto bélico contra as investidas espanholas e francesas. Hoje em dia, outros atributos sobressaem em Caminha: as praias marítimas e fluviais, os montes verdejantes, as festas típicas, a gastronomia e, claro, os seus habitantes.

A actividade piscatória assume ainda hoje um importante papel no dia-a-dia dos caminhenses, desde sempre ligados ao rio.

Em Caminha existem muitos monumentos, dos quais se destacam o Baluarte de Santo António, parte da antiga fortificação da vila; as muralhas, a Igreja Matriz, a Torre do Relógio do século XV, o Chafariz da praça datado do século XVI, a Casa dos Pitas do século XV, e a Igreja da Misericórdia do século XVI. A Igreja Matriz é considerada como a preciosidade artística de Caminha e como um dos monumentos mais notáveis do Norte de Portugal. Um dos pormenores da cachorrada da igreja adquire localmente uma interpretação original: “um homem de nádegas voltadas para os Galegos“.

O artesanato está presente nas rendas e nos bordados, na fiação de lã, nos trabalhos em linho, na tecelagem, na cestaria em vime, na talha, nos palmitos, na arte de trabalhar o cobre, na pirotecnia, no fabrico de redes e nos barcos de pesca.

 

PATRIMÓNIO DE CAMINHA

 

Caminha – Capela de São João

Caminha – Casa dos Pitas

Caminha – Chafariz

Caminha – Estação Ferroviária

Caminha – Fortaleza

Caminha – Igreja da Misericórdia

Caminha – Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção

Caminha – Paços do Concelho

Caminha – Rio Coura

Caminha – Rio Minho

Caminha – Torre do Relógio