Trancoso

 
 
 
O Concelho de Trancoso
União das Freguesias de Trancoso e Souto Maior
 

Trancoso é uma vila histórica portuguesa situada na União das Freguesias de Trancoso e Souto Maior e no município homónimo de Trancoso, pertencendo ao distrito da Guarda, na região do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela.

Localizada no topo de um planalto, de onde se avista um vasto território entre a Serra da Estrela e o vale do Douro, Trancoso desenvolveu-se em torno do seu castelo, fundado entre os sécs. VIII e IX. A zona de montanha onde se encontra possui cotas muito elevadas, chegando a alcançar os 985 metros em Sebadelhe da Serra e em Guilheiro e 890 metros em Terrenho, Moreira de Rei e Trancoso.

Foi terra de fronteira, palco de diversas lutas e batalhas marcantes para a formação e independência do reino. Recebeu importantes privilégios: D. Afonso Henriques concedeu-lhe a carta de Foral e D. Afonso III a carta de Feira. D. Dinis mandou construir as muralhas que ainda hoje protegem o burgo onde conviveram cristãos e judeus. A cintura de muralhas que ainda rodeia a antiga vila medieval, bem como o vasto património arquitectónico civil e religioso, conferem ao Centro Histórico uma imagem única.

Ao longo de toda a Idade Média foi um lugar estratégico-militar extremamente importante, instalado numa região de fronteira instável, onde ocorreram vários conflitos e batalhas, primeiro entre cristãos e muçulmanos e, mais tarde, entre Portugal e os reinos vizinhos.

Com a instalação da Inquisição em Portugal (1536), a vila de Trancoso, que albergava uma das mais numerosas e importantes comunidades judaicas das Beiras, viveu tempos de enorme agitação social, que se prolongaram pelos sécs. XVII e XVIII. Apesar de tudo, estes foram igualmente tempos de grande dinamismo, em que se assistiu a uma intensa renovação do conjunto edificado da vila.

Mais recentemente, Trancoso não passou ao lado dos muitos outros acontecimentos que marcaram a História de Portugal, de que são exemplo, já no séc. XIX, as Invasões Francesas e as lutas entre liberais e absolutistas.

O concelho de Trancoso teve um fluxo populacional pouco variável, com diversos índices populacionais desde 1801, tendo estado sujeita a ciclos migratórios, pestes e guerras. No entanto, nunca houve uma grande variação, destacando-se a época de 1960, em que a emigração para outros países da Europa ultrapassou os 18.000 habitantes.

Nos nossos dias, o concelho de Trancoso sofre o flagelo da desertificação do interior, sendo a cidade de Trancoso e Vila Franca das Naves dois pólos que albergam quase cinquenta por cento da população do concelho. Quanto à economia predomina o comércio e a agropecuária, a pastorícia e a pequena indústria de transformação de carnes. Para além disso, possui indústrias ligadas aos sectores dos lanifícios, confecções, calçado, mobiliário, mármores e granitos, madeiras, construção civil e panificação.

Esta cidade faz parte do programa das “Aldeias Históricas de Portugal”, no entanto, não fez parte das dez primeiras aldeias do projecto inicial, em 1991. Passou em 2003, a par com Belmonte, a constar no dito programa.

Trancoso foi elevada a cidade a 9 de Dezembro de 2004.

 

PATRIMÓNIO DE TRANCOSO

 

Trancoso – Antigo Quartel-General de Beresford

Trancoso – Capela de Santa Eufémia

Trancoso – Capela de Santa Luzia

Trancoso – Capela de São Bartolomeu

Trancoso – Capela do Senhor da Calçada

Trancoso – Casa do Gato Preto

Trancoso – Casa dos Arcos

Trancoso – Castelo

Trancoso – Cruzeiro do Senhor da Boa Morte

Trancoso – Estátua de Gonçalo Anes, o Bandarra

Trancoso – Fonte da Vide

Trancoso – Fonte Nova

Trancoso – Igreja da Misericórdia

Trancoso – Igreja de Santa Maria de Guimarães