O Concelho de Mêda
Freguesia de Marialva
Marialva é uma vila histórica portuguesa situada na freguesia homónima de Marialva e no município de Mêda, pertencendo ao distrito da Guarda, na região do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela. Está situada a cerca de 7 quilómetros de Mêda, sede do concelho. É uma das onze freguesias do concelho de Mêda.
A parte antiga desta povoação situa-se numa vasta eminência rochosa, a 580 metros de altitude, sobranceira aos campos da Devesa atravessados pela Ribeira de Marialva. A povoação é constituída por três aglomerados: a Devesa, o Arrabalde ou Vila, e a Cidadela. A Devesa, situada a Sul da Cidadela, mais baixa e com terras férteis, estende-se pela planície até à Ribeira de Marialva, local onde, presentemente, se congrega o maior número de habitações, algumas delas construídas com a pedra da cidade velha.
Neste aglomerado, outrora cidade de Aravor, terá existido um templo dedicado a Júpiter que, com o decorrer dos anos, se transformou em habitação senhorial e, posteriormente, em santuário cristão. Possuía duas torres e terá sido demolido nos finais do séc. XVIII.
O Arrabalde, também conhecido por Vila, é um conjunto habitacional fora de portas construído no sentido do antigo caminho para Mêda, a Norte do castelo, e que apresenta uma malha urbana de traçado predominantemente medieval, onde proliferam igrejas, capelas, casas quinhentistas e senhoriais a par das habitações rurais com características típicas da casa beirã.
A Cidadela de Marialva, toda muralhada, é um local onde já ninguém habita.
A pequena aldeia de Marialva foi uma importante praça militar na Idade Média. Povoação de raízes muito antigas, era já habitada no séc. VI a. C. pela tribo dos Aravos. Romanos, Suevos e Árabes que a ocuparam sucessivamente. Alta e inacessível, só era possível conquistá-la a ferro e fogo.
Terá sido Fernando Magno, rei de Leão, que a conquistou em 1063 para a cristandade e lhe deu nome de Malva, mais tarde Marialva. Mas também se conta que o rei, D. Afonso II de Portugal a doou em 1217 a uma sua apaixonada, D. Maria Alva, e esta seria a verdadeira origem do seu nome.
D. Dinis, que criou a Feira em 1286, e D. Manuel, que lhe concedeu Foral Novo (1512), procederam a obras no castelo, transformando Marialva numa das mais imponentes e fortes praças de guerra do reino.
Dada a localização fronteiriça de Marialva – e estimulada pela Feira (dia 15 de cada mês) que concedia diversos privilégios aos moradores e feirantes – iniciou-se no séc. XIII a fixação de judeus, cujo número aumentou durante o reinado de D. Manuel formando mesmo uma judiaria.
A área económica desta povoação baseia-se, principalmente, na actividade agrícola, e tem como principais produtos, a batata, os cereais, o vinho e o azeite.
Marialva foi uma das contempladas no Programa de ”Aldeias Históricas de Portugal” formulado pelo governo português, em 1991.
Desde então, tem sofrido restauros e beneficiações no seu imperdível património arquitectónico.
PATRIMÓNIO DE MARIALVA
Marialva – Antiga Casa da Câmara, Tribunal e Cadeia
Marialva – Antiga Tulha
Marialva – Capela da Misericórdia ou do Senhor dos Passos
Marialva – Capela de Nossa Senhora da Guia
Marialva – Capela de Nossa Senhora de Lourdes
Marialva – Capela de Nossa Senhora dos Remédios
Marialva – Capela de Santa Bárbara
Marialva – Casa Beirã
Marialva – Casa da Judia
Marialva – Casa das Arcadas Rústicas
Marialva – Casa das Freiras
Marialva – Casa do Judeu