O Concelho de Pampilhosa da Serra
Freguesia de Janeiro de Baixo
Janeiro de Baixo é uma aldeia pertencente à freguesia homónima de Janeiro de Baixo, concelho de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, englobada na região do Centro e sub-região de Coimbra.
Situa-se numa zona repleta de contrastes, constituída ora por vales profundos e tranquilos, ora por picos agrestes e rochosos. A povoação fica como que empoleirada numa minúscula colina a que chamam Serra do Muradal. É quase uma península existente entre as velozes águas do Rio Zêzere, que encontrou aqui, no seu curso, um duro obstáculo rochoso que teve de contornar. A aldeia estabeleceu-se sobre essa extensa saliência da margem direita do rio.
A Garganta do Zêzere – integrado no Geopark Naturtejo – encontra-se nas imediações da aldeia (na saída para Cambas).A proximidade deste rio e o ecossistema ribeirinho, propicia a presença de algumas espécies de aves de maior porte, como a garça-cinzenta e o corvo-marinho (no Outono e Inverno).
A freguesia de Janeiro de Baixo está implantada a Sul do concelho, junto ao Rio Zêzere, fazendo fronteira com os concelhos do Fundão e Oleiros.
Foi comenda da Ordem de Cristo e pertenceu às comendas do padroado real, pelo menos até 1679. Na segunda metade do século XVIII chegou a ter juízes de vara e milícia com Capitão de Ordenanças. Em 1882 deixou de pertencer à diocese da Guarda passando para a de Coimbra e, em 1885, passou do concelho de Fajão para o da Pampilhosa da Serra.
Os testemunhos arqueológicos existentes nas proximidades – nomeadamente, um túmulo antropomórfico – remetem o povoamento do local para a Alta Idade Média, relacionando-o com a actividade relativa à mineração do ouro. Em 1320 aparece referenciada no arrolamento paroquial (um directório das igrejas e mosteiros então existentes).
A malha urbana é complexa, agregada de modo aparentemente aleatório. A povoação viu crescer as casas num padrão irregular, ajustadas da forma mais conveniente aos declives do terreno. As paredes dos edifícios, em alvenaria argamassada, sofrem de idade avançada, e as remodelações introduzidas em muitos casos pela mão do povo deram nova vida a Janeiro de Baixo. O material de construção predominante é o xisto, com a particularidade de muros e fachadas incluírem seixos rolados de tons claros recolhidos no leito do rio. Muitas fachadas dos edifícios estão rebocadas e pintadas, a maioria recorrendo a cores tradicionais.
Numa das versões do “Portugalliae” de Fernando Álvaro Seco (1600), tido como uma das primeiras representações da totalidade do território continental português, encontra-se “Janeiro do Fundo” na localização do actual Janeiro de Baixo. Com o tempo, terá mudado a designação para a sua forma actual.
É uma das “Aldeias do Xisto”, pertencente ao núcleo de aldeias do Zêzere.
PATRIMÓNIO DE JANEIRO DE BAIXO
Janeiro de Baixo – Alminha
Janeiro de Baixo – Antiga Escola Primária
Janeiro de Baixo – Bebedouro e Chafariz
Janeiro de Baixo – Capela de São Sebastião
Janeiro de Baixo – Capela do Santo Cristo
Janeiro de Baixo – Fonte de Mergulho
Janeiro de Baixo – Forno a Lenha Particular
Janeiro de Baixo – Igreja Matriz
Janeiro de Baixo – Miradouro da Sarnadela
Janeiro de Baixo – Praia Fluvial
Janeiro de Baixo – Rio Zêzere
Janeiro de Baixo – Tronco de Ferrar