Linhares da Beira (AH)

 
 
 
O Concelho de Celorico da Beira
Freguesia de Linhares
História de Linhares da Beira
 

Castelo (2010)

Igreja Matriz (2010)

Janela manuelina (2010)

Calçada Romana (2018)

Linhares da Beira é uma vila histórica portuguesa situada na Freguesia de Linhares e no município de Celorico da Beira, pertencendo ao distrito da Guarda, na região do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela.

Aldeia com características marcadamente medievais, Linhares da Beira possui uma diversidade arquitectónica e artística ímpar, fruto do legado de várias épocas.

Em 1169, recebeu o seu primeiro foral, atribuído por D. Afonso Henriques. Mas só mais tarde, no reinado de D. Dinis, foi erigido o seu imponente Castelo, ex-líbris da aldeia e principal cartão-de-visita nos nossos dias.

Foi erguida num majestoso penedo situado na meia-encosta da vertente Nordeste da Serra da Estrela, à altitude de 180 metros. A sua localização permitia-lhe uma posição defensiva privilegiada durante as lutas travadas por Portugal durante a sua longa existência.

Fundada pelos Túrdulos há cerca de 580 a 500 anos a.C., sabe-se que no tempo da conquista Romana era denominada Lénio ou Léniobriga, toponímia que, embora se desconheça com exactidão o seu significado, possui o termo “briga” de origem Celta, que significa “lugar fortificado, fortaleza” e era usual entre os Lusitanos e os Galaicos.

O papel de Linhares da Beira na defesa de Portugal durante a primeira dinastia está ligado à História Nacional. Todas as incursões militares vindas de Leão e Castela a atingiram. A importância estratégica do seu castelo na defesa de Portugal, situado numa linha de penetração oriunda de Castela, levou o Rei D. Dinis a ampliar e fortificar as muralhas de Linhares.

A paisagem montanhosa desta aldeia é a típica da Beira Alta, multifacetada, com solos férteis e água em abundância. Do ponto mais alto de Linhares da Beira domina-se o vale do Rio Mondego. Nas encostas podem observar-se alguns bosques de carvalhos, de castanheiros e de pinheiros, prados e planícies cerealíferas, bordeados de giestal. Numerosos penedos graníticos dispersam-se nesta paisagem sobressaindo aquele em que assenta o castelo de cantaria, onde a passagem dos séculos deixou a sua marca.

Do passado restaram práticas comunitárias de uma vivência milenar de sobrevivência e isolamento, como é o caso do sino da torre do castelo, que já na Idade Média era utilizado para se lançar o “grito de alerta”, indicativo da aproximação das forças invasoras.

Esta aldeia possui um encantador conjunto urbano, onde as casas simples construídas em granito convivem com alguns solares que preservam sinais de uma nobreza antiga, onde facilmente se descobrem muitas janelas do século XVI. A igreja matriz, o fórum medieval e o pelourinho quinhentista em granito, são alguns pontos de atracção desta aldeia. O conjunto da aldeia é encimado pelo vigoroso castelo que acompanha a geologia do terreno sobre um enorme monte rochoso. No terreiro são ainda visíveis restos de antigas cisternas.

Considerada como a “Capital do Parapente” desde 1993, esta aldeia histórica conta com uma escola onde ensina a prática desta modalidade desportiva e radical, abrilhantando os seus céus e trazendo às suas paragens novos visitantes, proporcionando-lhes momentos extraordinários de aventura e adrenalina.

Pela sua importância histórica, este antigo núcleo urbano com fundação anterior à da nação portuguesa é uma das doze “Aldeias Históricas de Portugal, um programa formulado pelo governo português em 1991.

 

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